Lá em Rátas-Nába, todos eram iguais perante a Lei! Pelo menos era isso que diziam os pergaminhos dourados, gravados com tinta que nunca secava, para que pudessem ser reescritos conforme a conveniência dos poderosos.
Mas um dia, foi anunciado o maior concurso do País! As ruas se encheram de expectativa, e os cidadãos de Rátas-Nába prepararam suas melhores mentiras e promessas. Por lá, não se valorizava a verdade; preferia-se quem mentisse mais forte, com mais brilho nos olhos e firmeza na voz - como muita gritaria e descontrole emocional. E, claro, as promessas impossíveis de realizar eram as mais aplaudidas.
Quando o vencedor do grande Concurso foi coroado com a faixa de Ouro Falso, não podia ser diferente. O povo esperava mudanças, mas ele sabia exatamente como manter as coisas do jeito que sempre foram.
Na hora de fazer o chamamento dos postos de combate, o vencedor seguiu o mesmo caminho tortuoso do concurso. Mas, com um toque de astúcia, decidiu acrescentar uma "dificuldadezinha" para apimentar o jogo.
E assim, elaborou o Edital da Vida dos Perversos Ideais com as seguintes exigências:
"Para funções de elite e alto grau de conhecimento, serão escolhidos os primeiros colocados com o DNA mais próximo! Para os segundos lugares, aqueles que mais sentaram em colos na vida!"
O povo leu, riu e depois chorou. Mas, como sempre, continuaram, porque em Rátas-Nába: "Tudo vai melhorar!" - ou pelo menos é o que dizem, como antes, por enquanto.
Afinal, a vida é uma incógnita cruel!
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